terça-feira, 11 de setembro de 2007

Novela da Plataforma



Novela. Essa é a palavra que uso para explicar como se encontra a chegada do casco que será a futura platorma petrolífera da Petrobrás. Estou desde o dia 25 de agosto esperando por esse grande momento. Ela já está fundeada a cerca de 5 milhas dos molhes da barra, mas, devido às várias operações (troca da água de lastro, rebocagem para outros pontos, etc), ainda não ocorreu a entrada pelo canal. Era pra ser ontem de manhã. Um público grande estava presente, desde as 6 da manhã, nos molhes. Infelizmente, alguns cabos dos rebocadores se partiram e a operação será redefinida após reuniões de hoje à noite. Tenho um amigo que trabalha na empresa responsável pela instalação dos módulos na plataforma. Ele tem todas as notícias quentinhas, e vai me mandar uma mensagem pro celular no momento definitivo da entrada no canal. Se ele não mandou ainda, é porque o operação ainda não foi acertada. Espero que ainda essa semana a novela termine.
Na seqüência, a última repostagem divulgada ontem pelo Jornal Agora, de Rio Grande. A foto mostrada acima também é de autoria do mesmo jornal.

A operação para entrada do casco da plataforma de petróleo P-53 no Porto do Rio Grande chegou a ser iniciada, ontem, às 8h, mas acabou sendo abortada quando estava a 1,5 milha dos Molhes da Barra, próximo ao par de bóias um e dois. O motivo foi o rompimento de dois cabos de dois dos cinco rebocadores que a conduziam. O rompimento dos cabos dos rebocadores Abaiz e Safira, que atuavam na popa da plataforma, responsáveis por fazê-la girar (eles fazem o serviço de leme direcional do casco), aconteceu durante a movimentação, por volta das 9h30min. Após o acontecimento, ela foi levada para a posição de cinco milhas dos Molhes da Barra.
O tempo necessário para o deslocamento até as cinco milhas dos molhes, em torno de duas horas, e para troca dos cabos, que demandaria aproximadamente três horas, inviabilizou a realização da operação ontem, uma vez que ela deve ser feita à luz do dia para que o processo ocorra com segurança. Conforme o capitão dos portos do Rio Grande do Sul, Paulo Geraldo Lavigne Britto, o rompimento de cabos de rebocadores não era esperado, mas é algo que pode ocorrer e as causas estavam sendo verificadas pela Petrobras. Segundo ele, as condições climáticas estavam favoráveis à realização da operação.
Segundo informou o tenente Rubem Dario, chefe do Departamento de Segurança do Tráfego Aquaviário da Capitania, os cabos utilizados pelos rebocadores são de aço. No momento em que ocorreu o rompimento, o casco ficou sem governo na popa e acabou encostando na bóia dois, porém, conforme Rubem Dario, não houve avarias na bóia e nem no casco da plataforma. O diretor de suporte corporativo à gestão da Quip S/A, Marcos Reis, disse considerar normal o problema ocorrido. Explicou que, em uma operação deste porte, podem ocorrer problemas operacionais e climáticos. "Não se sabe ainda o que causou, mas isso (a causa) não tem muita importância porque é normal ocorrer rompimento de cabos em reboques", observou.
Conforme Reis, ontem as previsões do tempo para esta terça-feira eram boas e a questão operacional estava sendo corrigida pela Petrobras e Praticagem da Barra. "A Petrobras e a Praticagem são altamente capazes e o princípio é a segurança". A Quip S/A, responsável pela construção de módulos da P-53 e integração destes ao casco, não atua nesta parte da operação de entrada da plataforma. Cabe à Quip a parte final, que é a atracação e amarração do casco ao cais.
Em nota divulgada após o acontecimento, a Petrobras chegou a informar que a operação poderia ser realizada nesta terça-feira, 11, se as condições climáticas estivessem favoráveis. Já à noite, a Capitania dos Portos comunicou que não haverá nova tentativa hoje, pois estavam ocorrendo reuniões para escolher a melhor linha de ação a ser adotada para o reboque do casco para o interior do porto.

O anúncio da entrada da P-53 no porto atraiu centenas de pessoas para os Molhes da Barra e beira do canal de acesso, na área do Superporto, na manhã de ontem. Muitas levantaram de madrugada para não perder sua passagem nos molhes, já que a previsão era que o processo de entrada no porto começasse por volta das 6h. Tais Pedroso Costa, 32 anos, residente no Cassino, por exemplo, levantou às 5h30min e às 6h já estava no Molhe Oeste, aguardando a P-53. Ela contou ter sido movida pela curiosidade de conhecer uma plataforma. E não foi sozinha, pois o marido, o filho de oito anos e um primo foram com ela. "É um acontecimento muito importante para Rio Grande, para a economia e geração de emprego", salientou. O policial militar Antônio Marcos Melo da Silva, 37 anos, também foi cedo para o Molhe Oeste, pois disse nunca ter visto uma plataforma e não queria perder a oportunidade. Como ela não entrou, ficou "um pouco frustrado", mas já que estava lá iria esperar até o meio-dia, para ver se a operação não seria retomada. "Enquanto isso, aproveito a paisagem", destacou. Diversas pessoas não se contentaram em ficar no início do molhe. Foram até a ponta, de onde era possível ver a P-53 de longe, meio encoberta pela serração.
(Carmem Ziebell).


domingo, 2 de setembro de 2007

Corrida da FEARG


Pela manhã, participei da Corrida da FEARG, valendo pela segunda etapa do Gran Corridas de Rua 2007.
A largada ocorreu na frente do Centro de Eventos, onde acontece a Feira de Artesanato (FEARG) e seguiu o mesmo trajeto da Rústica de São Pedro (11,2 km).
Comecei animado. Bati meu recorde pessoal na Maratoninha Infantil (2 km) e acompanhei o pelotão da frente durante boa parte. Tudo indicava que faria uma boa apresentação, contudo, no km 6, senti umma forte dor na pantorrilha esquerda, e tive que correr os 5 km restantes praticamente com uma perna só.
A partir desse momento, comecei uma superação total. Apoiando todo o peso do corpo na perna boa, cada passada era uma vitória. Devagar, fui mantendo o ritmo e a respiração, até a chegada. Fiz um tempo muito semelhante ao de 2 meses atrás, marcando 1h03min27s.
Ganhei uma medalha por participação e por completar a prova.




Assim que cheguei em casa, capotei no chão do quarto mesmo, e dormi como deu. O Chiqui não podia perder essa e capturou a cena...



Os próximos desafios serão nos dias 30 de setembro e 12 de outubro, nas rústicas da Escola São Francisco e 3º Etapa do Gran, respectivamente.
Ainda no domingo, visitei a FEARG, pela tarde e fui ao Teatro Municipal, à noite. Assiste uma peça de baseada na obra de Nelson Rodrigues, As Filhas. Foi muito divertido, bastante sátira, muito bem interpretada pelo grupo rio-grandino O Flato do Gato. Retratou, de uma forma debochada e crítica, a sociedade burguesa carioca, típico das obras do dramaturgo.
Conta a relação entre duas famílias (uma de classe média e outra, de alta), cujo filho rico engravida a moça do subúrbio. O pai da moça, revoltado, vai tirar satisfações na casa do ricaço. Ao chegar, é atendido pelo mordomo, e pergunta: "O senhor é o dono da casa". E o mordomo: "Gostaria muito, mas infelizmente não sou". Toda a peça é marcada por esses deboches da sociedade , inclusive com a presença de uma mendiga que passa o tempo todo caminhando pra cá e pra lá, mas sem participar dos diálogos. Muito bom mesmo.

Museu Náutico


Domingo à tarde resolvi visitar o Museu Náutico, a uma quadra de casa. Recém reaberto (13 de junho de 2007), conta a história da navegação gaúcha. Muito bem planejado, exige exemplares de quase todas as embarcações mais utilizadas ao longo do tempo, variando de fins pesqueiros às de balizamento de canais. Localiza-se em um antigo amrazém do Porto Velho. Muito legal mesmo, foi uma ótima experiência.


Além de peças naúticas, ele exige também uma parte do acervo antropológico, arqueológico e paleobiológico da FURG. Neste último, destaque para dentes dos acnetrais de tubarões e das preguiças atuais, medindo, cada um, cerca de 20 cm.
Abaixo está a representação das pontas de flecha, produzidas em pedra, utilizadas pelos índios Minuanos e Charrúas, os primeiros seres humanos a se estabelecerem na região.















Quadro mostrando um dia na lagoa.

Acima, vemos o retrato do Almirante Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil.


Detalhe da entrada do museu.



Foto realizada na recepção.



Modelo em escala reduzida apresentando o antigo navio da Marinha.



Vista do alto, mostrando uma ampla visão do interior do museu.



À frente, embarcação sedida pelo Serviço de Balizamento do Sul, responsável pela demarcação de perigos na lagoa, sinalização e canais. Ao fundo, a presença de um casco desativado, transformado em sala de vídeo (parte inferior) e arquivos Tamandaré (superior).


Detalhe com painéis, ao fundo, de todos os faróis da costa gaúcha.


Albatroz.


Imagem interna.


Foto obtida na parte superior (convés) do casco desativado). Percebe-se o navio Águia Dourada, atracado no Porto Velho.


Vários tipos de âncoras.


Detalhe da parte superior.





Navio Atlântico Sul

A FURG possui um navio para pesquisa oceanográfica em suas quatro modalidades: biológica, química, física e geológica. A nave, chamada Atlântico Sul, opera nas águas ao longo da costa, mas principalmente na Lagoa dos Patos e lagoas adjacentes.

O mais legal é que ele está sempre ancorado no Porto Velho, bem pertinho de ondo moro. Aos domingos, o Porto é aberto para visitação pública. Hoje, tirei algumas fotos em seqüência da embarcação e, posteriormente, montei no computador. Foi a única forma de enquadrar todo o navio em sua vista lateral. O resultado pode ser conferido abaixo.

Durante a Semana Nacional de Oceanografia, os organizadores sortearão 20 felizardos a realizarem um curso embarcado, com saídas para pontos de pesquisa da lagoa. Já estou cruzando os dedos...






sábado, 1 de setembro de 2007

Museu de Arte Sacra

A imagem seguinte representa uma antiga igreja da cidade, hoje transformada no Museu de Arte Sacra. Importante por guardar coleções e contar a história religiosa da região, entre seu acervo estão objetos e símbolos de diversas crenças. Logo atrás dele, em anexo, está a Catedral de São Pedro, o templo religioso mais antigo do estado (1757). Engraçado é que as duas igrejas foram construídas de "costas" uma para a outra, na mesma parede. Descobri que, na época de sua construção, essa foi uma prática adotada para separar o culto católico aplicado às elites daquele às classes escravas. Claro, ali, antigos escravos eram convertidos ao catolicismo, enquanto aguardavam seus patrões receberam a "purificação dos pecados" do outro lado...






Fachada do Museu de Arte Sacra. Hoje preservado como patrimônio histórico da União.

Semana da Pátria


Hoje teve início, pela tarde, os desfiles e comemorações em alusão à independência do Brasil. Em Rio Grande, o desfile é sempre dividido em duas etapas. Hoje foram as apresentações das escolas e suas bandas marciais.
No dia Sete, teremos a presença das Forças Armadas, Defesa Civil e Grupos Escoteiros. Não vejo a hora de presenciar isso, pois nunca tive a oportunidade de participar de um desfile envolvendo as forças de defesa.
Como em Rio Grande existem diversas Organizações Militares (OMs), o evento promete! Irão se apresentar militares do 6º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), Fuzileiros Navais, Banda Marcial dos Fuzileiros Navais, marinheiros do 5º Distrito Naval, Centro de Operações de Mergulho, além de outras organizações militares de apoio, como o esquadrão de helicópteros de emprego-geral e o serviço de comunicações e Balizamento do Sul.
Também recebi convite para conduzir uma combi do Grupo de Escoteiros do Mar Riachuelo.
O desfile de hoje foi marcado pela presença de representantes de todas as etnias da cidade. Desde árabes, alemães, até africanos. Alguns desfilavam com trajes típicos, outros representavam suas escolas.






O que mais note nesse tipo de desfile é a falta de um certo sentido de civismo e de prazer pela atividade. Por outro lado, o que mais encanta não é o desfile em si, com criançinhas marchando, pais tirando fotografias e pessoas gritando. Se não fosse o Dia da Pátria poderia ser chamado, facilmente, de o Dia da Expressão do Povo.
o desfile também apresentou uma oportunidade para muitos professores manifestarem sua indignação com o sistema educacional. Muitos desfilaram de preto, em sinal de luto.


Crianças trajando fantasias de histórias infantis.

Abertura de tradicional banda marcial da região.


Sei como eles se sentem porque também tive meu tempo...


As quatro crianças são o símbolo da "paz".


Banda Marcial do CTI, escola técnica da FURG. Show à parte.




Minha Rua


Circulou pela internet uma história de que o planeta Marte estaria visível, a olho desarmado, na noite do dia 27 de Agosto de 2007. E mais: o texto também informava que Marte apareceria quase com o mesmo tamanho e luminosidade da Lua e que tal fenômeno só voltaria a ocorrer em 2287 ou algo assim. Curioso, fui, à meia noite e meia, tentar presenciar algo. Como não vi Marte (e nem poderia ver, porque era puro boato), o jeito foi tirar algumas fotografias da Lua, mesmo! E ela estava realmente bela. Aliás, foi o único dia da semana que não choveu em Rio Grande.


Após passar as fotos para o computador, um amigo notou a presença de "Marte". O planeta vermelho teria sido captado pela câmara, muito mais sensível à luz que o olho humano. Emocionado, ele pediu que mandasse a foto por e-mail para que ele compartilhasse esse momento inesquecível com os amigos e a família...tudo bem, mandei. A imagem pode ser conferida abaixo. Eu creio que não passa de uma gota que pingou na lente, até mesmo porque, de acordo com o famoso astrônomo Rogério Mourão, o fenômeno ocorreu em 2003. Claro, com um pouco de imaginação se pode ver muitas coisas....



Fotografia da noite rio-grandina de 27 de Agosto de 2007. A seta indica a presença de "Marte" no céu.


Como Marte não apareceu (e eu estava com insônia mesmo), a solução foi aproveitar a viagem e registrar a minha rua e o meu prédio, durante a noite. Tentei transmitir, pela imagem seguinte, um pouco do romantismo histórico da Travessa do Afonso, sem deixar de lado o Porto Velho, compondo a imagem de fundo. O silêncio, a brisa vinda da lagoa, a Lua cheia...tudo contribuiu para criar uma áurea de mistério naquele dia...



Imagem captada pelo sensor de radiação infravermelha. Não utilizei flash. Foto tirada às 12:40 da noite do dia 27 de Agosto.



Imagem apresentando o histórico edifício Orbiz, que chamo de Lar. Entre seus usuários estão "famílias" de universitários e marinheiros.

A semana rendeu bastante, no trabalho. Estabeleci novos horários, novas estratégias motivacionais e novos desafios físicos. O último, foi ir a pé para a FURG, todos os cinco dias da semana. Foram quase 60 km no total, mas valeu, e muito.~


Também recebemos a visita de outro "argentino", um velho amigo de infância de meu colega, o Chiqui. Um argentino eu até aguento, mas dois....acho que este foi, na verdade, o maior desafio da semana que passou...


Hermanos em clima de descontração, empolgados com a idéia de conhecer las chicas brasileiras.


terça-feira, 28 de agosto de 2007

Últimas

Passei alguns dias sem contribuir com novas postagens ao blog. Bem, isso se deve a dois motivos, facilmente justificáveis. O primeiro, mas não mais importante, é que choveu muito e eu não fui atrás de novas histórias. O segundo, e fundamental, é devido ao trabalho de escrever papers para congressos. Como eu disse em um outro post, após passar três dias realizando tarefas desse tipo, até um passeio ao porão do inferno se torna agradável! Mas eu, até o momento, já estou há cinco dias envolvido. Espero terminar tudo essa semana, pra que tudo volte ao normal. Até minha câmara digital está quase mofando.
Mesmo assim, tem alguns registros pra fazer, sim!
Sábado passado, dia 25, fui ao escoteiros jogar um futebol com a gurizada e marcamos horários para estudarmos juntos ao exame de Arrais, na Capitania dos Portos. Quando cheguei em casa, resolvi largar tudo e correr, após ficar quase duas semanas sem esse treinamento. E disparei. Foi uma das corridas que mais curti, talvez por eu estar precisando tanto dela de volta. Ao regressar, coloquei tudo em dia: limpeza do quarto, roupa, alimentação, tudo!
No domingo, minha esperança era sair com uma amiga, mas a chuva impediu. O jeito foi ficar em casa, refletindo e escrevendo ao micro. Só saí mesmo para almoçar no famoso "caminhoneiro".
Como minha próxima corrida será domingo que vem, tive que bolar uma estratégia de modo a recuperar o fôlego para os 10 km. Ainda por cima, tinha que resolver várias coisas pendentes no mestrado! A semana prometia ser dramática e emocionante. O jeito foi aproveitar ao máximo cada segundo no laboratório e me exercitar nos intervalos. Assim, botei na cabeça que faria os 10 quilômetros e 850 metros que separam minha casa da FURG, a pé! Até o fechamento desse post, a tática vem dando certo e estou conseguindo realizar essas duas missões com êxito. Vamos tentar manter o padrão até sexta-feira. Quanto mais eu ando por essa cidade maluco, mais eu percebo a importância de ter sempre a câmera fotográfica no bolso. Perdi flagrantes incríveis, como por exemplo, um cara pedalando uma espécie de bicicleta de dois andares!
Aliás, não posso dormir sem contar duas coisas mais. Ontem (segunda-feira), saí de casa às 7 da manhã para a jornada a pé. Peguei, no caminho, todos os tipos de chuva existentes na natureza. Cheguei ensopado, mas mantive o passo. Sorte que eu levei uma roupa extra (de verão) que usaria na aula de alongamento (que, por sinal, acabei faltando de novo!). Botei tudo pra secar, dentro do laboratório, mesmo. No fim deu tudo certo. O mais legal é que esse trajeto que realizo é dividido em duas partes quase iguais, pelo Pórtico da cidade. E o tempo que realizo cada parte, corresponde quase a um tempo de jogo de futebol, com os descontos! Assim, concluo que jogo uma partida inteira todos os dias!
Ontem, caí num verdadeiro trote digital. Foi amplamente divulgado na internet que no dia 27 de agosto, marte estaria visível no céu, tão brilhoso e grande quanto a lua. Até comemorei emocionado a bela noite estrelada e preparei a máquina. Afinal, as condições estavam perfeitas para "ver" o espetáculo, que só se repetirá em 2287. Tudo lorota. No horário "previsto", meia-noite e meia, lá estava eu no meio da rua, procurando Marte...
Essa semana começou, também a Semana Acadêmica da Biblioteconomia. Lá estou eu, metido. Inscrevi-me para um mini-curso legal, sobre Relações Interpessoais. Queria ver algumas palestras hoje, mas o trabalho não permitiu. Vamos ver se consigo fazer tudo o que plabejo amanhã.
Terça-feira (hoje) conheci uma estudante de mestrado muito legal, a Swami. Na verdade, durante a Jornada Biológica, peguei, por acaso, o e-mail dela no pôster e escrevi pedindo umas fotos. Hoje, descobri que aquele gesto foi uma das coisas mais acertadas que realizei em Rio Grande. Ela visitou meu laboratório e eu mostrei tudo sobre meu trabalho a ela. Ganhei uma amizade maravilhosa.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

P-53 Parte II

Conforme saiu no site do Porto de Rio Grande:

"Os trabalhos para receber o casco do ex-navio Settebello foram iniciados na última segunda-feira (20), à tarde, na Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), com a formação do Comitê de Recepção à P-53. O grupo coordenado pela Secretaria de Infra-estrutura e Logística do Estado (Seinfra), conta com a participação da Suprg, Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul, Petrobras, Quip, Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e Praticagem da Barra do Rio Grande.
Na reunião, ocorreu uma breve apresentação do planejamento para a entrada da P-53 no Porto do Rio Grande. A Petrobras explicou aos integrantes do Comitê que serão necessários para guiar a embarcação até o Porto Novo, onde atracará, a utilização de sete rebocadores portuários, cinco para atuar na condução e dois de reserva. O ex-navio Settebello deve iniciar o procedimento de entrada no canal às 7h, passando por baixo dos cabos aéreos que levam energia elétrica a São José do Norte, por volta das 10h, devendo chegar no Porto Novo às 15h.
A passagem da embarcação por baixo dos cabos aéreos foi novamente o principal tema discutido. Nesse sentido, a Praticagem da Barra apresentou um trabalho técnico com a medição das diferentes alturas entre os cabos e o nível do mar e a batimetria (profundidade) do canal de acesso. O material apresentado pela praticagem foi confrontado com estudo anteriormente realizado pela CEEE, não havendo alterações nas medidas. Conforme a Petrobras, a embarcação terá que se deslocar pra o lado de São José do Norte quando de sua entrada, para passar por baixo dos cabos aéreos. Neste ponto a altura entre os cabos e o nível do mar é superior aos 77 metros de altura do ex-navio Settebello. Conforme a Petrobras a passagem por baixo dos cabos deverá levar cerca de 30 minutos, sendo realizada com segurança.
Na noite desta terça-feira (21), no prédio da Praticagem da Barra, será apresentado em detalhes ao Comitê, com a utilização de projetor multimídia, todo o planejamento da entrada da P-53 no Porto do Rio Grande. Na reunião ficou acertado que serão realizadas duas reuniões por semana até a chegada da P-53 em Rio Grande, estando prevista para ocorrer no período entre 28 de agosto e 5 de setembro. Além disso, cada entidade designou um representante, com poder de decisão, para participar das próximas reuniões.
"

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Imagem Aérea Especial

Hoje, consegui uma imagem fantástica, da cidade de Rio Grande aérea. Foi tirada a bordo de um helicóptero Esquilo, da Base de Helicópteros da Marinha, pelo fotógrafo Ailton Avila. Quando eu estava olhando a seção de pôsteres da Jornada Biológica, deparei-me com um fundo, usado em um deles, que muito me chamou a atenção. Solicitei à autora do trabalho uma cópia do arquivo que ela empregou no pano de fundo e ela me mandou por e-mail. É um arquivo de alta-resolução (7 Mb).

O resultado pode ser conferido abaixo. Clique na imagem para abri-la em seu formato original.

Por favor, se você for copiar a imagem e usá-la em seus trabalhos, apenas cite a fonte, da seguinte forma (Blog Histórias em Rio Grande - Marcelo Nava - foto de Aílton Ávila), como justo reconhecimento aos responsáveis.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Lama no Cassino

Em 2005, a praia do Cassino foi invandida por um fenômeno de ressurgência de material lodoso. Uma equipe de mergulhadores americanos instalaram sensores, para a coleta de dados e identificação das causas. Uma reportagem publicada retratou assim:

Estudo tenta explicar a presença de lama na orla do Cassino

Submerso a dois metros de profundidade, um tripé com múltiplos sensores vai ajudar pesquisadores a entender os efeitos da lama no perfil da praia do Cassino, a sua influência no amortecimento das ondas e as causas do fenômeno. O equipamento, trazido dos Estados Unidos, foi colocado no mar no sábado. Durante um mês, ele ficará à espera de uma tempestade capaz de colocar em suspensão e transportar até a praia os sedimentos.
Será a primeira vez no Brasil que dados como movimentação de correntes, pressão e temperatura serão medidos na zona de arrebentação. Trazido da Escola Naval de Pós-graduação da Califórnia, o aparelho representa um investimento de US$ 160 mil de instituições oceanográficas americanas no projeto, capitaneado pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e que reúne dezenas de universidades brasileiras e estrangeiras.
À beira-mar, outro equipamento, também raro no mundo - só existem 13 em operação -, o sistema Argus, proveniente da Inglaterra, monitora ininterruptamente, com câmeras de vídeo, a migração dos bancos de areia.
- Vamos conseguir traçar uma radiografia da praia e do fenômeno da lama. Escolhemos este período devido à probabilidade de tempestades ser maior - explica o pesquisador Lauro Calliari, do Laboratório de Oceanografia Geológica da Furg.
Em abril de 1998, uma tempestade depositou toneladas de lama na orla. Por 14 meses, houve registros de acidentes com surfistas e veículos atolados no Cassino. Segundo Calliari, é nestes momentos, quando as ondas atingem até cinco metros de altura, que os bolsões de lama depositados a cinco metros de profundidade, cerca de um quilômetro da costa, entram em suspensão e chegam à areia.
Com os dados coletados, os cientistas acreditam que poderão prever a ocorrência do fenômeno e em que condições ele ocorre.
- Além disso, é uma experiência única para estudantes e pesquisadores da Furg. Dos dados, surgirão dezenas de projetos e teses - acredita a oceanóloga Luciana Esteves.
É a sazonalidade do fenômeno no Cassino que atrai os cientistas. Na praia do Litoral Sul, a lama se move a cada entrada de frente fria no Estado. Nas outras ocorrências registradas no país, a concentração é contínua.

- O primeiro registro de lama no Cassino ocorreu em 1901
- Em abril de 1998, uma tempestade depositou toneladas de sedimentos na orla
- Por 14 meses, a lama mudou o perfil da praia. Houve registros de acidentes com surfistas e veículos atolados. Um trecho da orla ficou interditado durante o veraneio em 1999
- Desde lá, os sedimentos têm se depositado em trechos da praia, sazonalmente
- O fenômeno costuma ocorrer após a entrada de frentes frias no Estado
- Formada basicamente por argila, a lama é despejada, de forma contínua, pela Lagoa dos Patos no Oceano Atlântico. O material é resultado de fenômenos naturais e da ação do homem, como desmatamentos às margens de rios e lagoas e a dragagem do canal de acesso ao porto de Rio Grande.

http://www.noticias.furg.br/clipping/02_05_05_clip.htm

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Durante a oficina de mergulho, o palestrante apresentou esse projeto, como exemplo de um mergulho nas águas do litoral sul e, durante a visita à EMA, identifiquei o contêiner azul, munido de uma antena parabólica para transmissão dos dados via satélite.

Final de Semana

Foi muito chuvoso e fez bastante frio em Rio Grande. Sábado, fui a uma oficina de artes marciais promovida pela diretoria da Casa do Estudante da FURG, no centro esportivo. Também havia um jogo de veteranos em um campo encharcado. Depois, resolvi voltar à pé, da FURG até o centro, para ter uma noção do tempo que levaria para fazer o trajeto. Fiz em 1h20min, sendo 40 minutos até o Pórtico. Isso significa que o percurso poderá ser realizado a pé, facilmente e pretendo usá-lo nos meus treinos.

Essa cidade não se cansa de me surpreender. Pertinho da FURG, descobri uma área preservada pelo IPHAN e pelo NEMA. Trata-se de um sítio arqueológico! Há uma placa indicando o local, fica entre a estrada e a lagoa. Pude avistar, da estrada, algumas dunas com várias trilhas em direção a um bosque. Devem ter retirado material de alguma das três tribos que habitaram a cidade, no passado.

Depois, identifiquei mais um muro ilustrado com o projeto Arte na Rua. O grafiteiro dessa vez escreveu uma frase no mínimo interessante: "NOSSO ÚNICO LIMITE SÃO NOSSOS PRÓPRIOS MEDOS". Numa próxima ocasião, vou tirar algumas fotografias desses muros, sempre com frases otimistas. No começo do ano, vi pichado na Praça Tamandaré, em um carrinho de cachorro-quentes: " A FORÇA DA TUA INVEJA DETERMINA A VELOCIDADE DO MEU SUCESSO".

Domingo, limitei-me a descansar e escrever. Desabou muita água.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Visita Paiol Mergulho

BEM-VINDOS À UNIDADE DE MERGULHO DA MARINHA DO BRASIL. NO COMANDO, O SGTO. DIAS! TENHAM TODOS(AS) UMA ÓTIMA VISITA! NOS REENCONTRAMOS NA SUPERFÍCIE!








O destaque do dia foi a segunda parte da oficina de Mergulho Científico. Visitamos o Centro de Mergulho e o Paiol de Mergulho da Marinha do Brasil. O centro localiza-de dentro da Estação Naval que, por sua vez, é subordinada ao 5º Comando Naval.
Não são mergulhadores de Combate (GRUMEC). Estes compõem uma das forças de elite da Marinha (juntamento com os comandos anfíbios - COMANF) e possuem unidades no Rio de Janeiro. Em Rio Grande, o grupo de operações de mergulho é formado por 13 militares e sua missão consiste no apoio às forças costeiras (fuzileiros navais), à inspeção naval em cascos de embarcações dentro de sua região de abrangência (litoral SC e RS) e o apoio subaquático a todo tipo de operação, seja militar ou civil. Fomos recebidos por dois sargentos instrutores e um sub-oficial. Conforme nos mostrava os três paióis (sala de peças de reposição, material de mergulho e apoio e sala de máquinas) e o Salão de Descompressão (câmara hiperbárica), o sargento nos dava uma verdadeira aula, englobando aspectos gerais dos equipamentos, técnicas, cuidados médidos e legislação.
A câmara hiperbárica é usada com duas finalidades:
a) realizar o processo de descompressão gradual, permitindo que o nitrogênio não dissolvido no sangue (em forma de bolha) tenha o tempo químico necessário para sua dissolução total e consequente eliminação pelos pulmões. O aprisionamento dessas bolhas provoca artrites, nos casos simples, e até a morte, nos casos mais avançados, passando por todo tipo de desordem neurológica.
b) permitir o tratamento de enfermidades imunológicas, ulcerações provocadas por diabete e auxiliar no processo de cicatrizações de diversos tecidos.

Na seqüência, apresento as principais fotos.



Fachada do prédio administrativo.


Detalhe interno do pátio.


Paiol de equipamentos de mergulho e apoio.


Estou na câmara principal hiperbárica. Esse equipamento, já obsoleto, permite a realização de pressões de até 7 atm, ou seja, simular a pressão que uma coluna de 59 metros de água realiza sobre o corpo humano. A equalização da pressão externa dos tímpanos é fundamental para evitar seu rompimento.


Ante-câmara. Aqui, sob pressão reduzida, médicos podem ter o contato direto com os pacientes, facilitando a interação entre ambos. O número de médicos hiperbáricos ainda é bastante reduzido no Brasil.


Equipamento de mergulho autônomo dependente, ou seja, esse tipo de máscara indica que o recebimento de ar comprimido é feito pelo navio de apoio e não pelo cilindro preso às costas.


Presença do Sargento-instrutor na sala hiperbárica.


Paiol de equipamentos, mostrando os cilindros de diversos volumes.



No período da tarde, assisti mais algumas palestras no PROPLAN e conheci 4 estudantes de Pelotas, que participaram da Jornada. Três mulheres e um cara, todos muitos legais. Até trocamos nossos e-mails para futuros contatos. Minha foto que apresenta o pôr-do-sol no Regatas obteve o quarto lugar no Concurso Fotográfico, com a presença de 23 fotografias, algumas realizadas com equipamento e técnicas profissionais! Destaque para um louva-deus saboreando a cabeça de um besouro, muito nítida e rica em detalhes. A concorrência estava grande. O primeiro colocado recebeu um belo livro com fotografias do Taim.



O pessoal da Biologia realmente me encantou. Apresentando nitidamente valores e uma filosofia acadêmica e profissional muito divergente daquela da engenharia, pude encontrar um ambiente bastante agradável, onde a integração e a amizade marcaram forte presença. Espero manter meu contato com essa galera. Foi uma semana realmente maravilhosa. Amanhã, para encerrar a Jornada, será realizada uma festa em uma consagrada casa noturna na Praia do Cassino.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Fotos da FURG

Danso seqüência às minhas fotografias sobre o campus, apresento mais cinco chapas, tiradas no caminho entre meu laboratório e o centro de oceanologia.


Prédio da reitoria.


Terreno alagado.

Reitoria.


Portal de entrada ao campus.


Placa indicativa dentro do centro de Oceano.