sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Visita Paiol Mergulho

BEM-VINDOS À UNIDADE DE MERGULHO DA MARINHA DO BRASIL. NO COMANDO, O SGTO. DIAS! TENHAM TODOS(AS) UMA ÓTIMA VISITA! NOS REENCONTRAMOS NA SUPERFÍCIE!








O destaque do dia foi a segunda parte da oficina de Mergulho Científico. Visitamos o Centro de Mergulho e o Paiol de Mergulho da Marinha do Brasil. O centro localiza-de dentro da Estação Naval que, por sua vez, é subordinada ao 5º Comando Naval.
Não são mergulhadores de Combate (GRUMEC). Estes compõem uma das forças de elite da Marinha (juntamento com os comandos anfíbios - COMANF) e possuem unidades no Rio de Janeiro. Em Rio Grande, o grupo de operações de mergulho é formado por 13 militares e sua missão consiste no apoio às forças costeiras (fuzileiros navais), à inspeção naval em cascos de embarcações dentro de sua região de abrangência (litoral SC e RS) e o apoio subaquático a todo tipo de operação, seja militar ou civil. Fomos recebidos por dois sargentos instrutores e um sub-oficial. Conforme nos mostrava os três paióis (sala de peças de reposição, material de mergulho e apoio e sala de máquinas) e o Salão de Descompressão (câmara hiperbárica), o sargento nos dava uma verdadeira aula, englobando aspectos gerais dos equipamentos, técnicas, cuidados médidos e legislação.
A câmara hiperbárica é usada com duas finalidades:
a) realizar o processo de descompressão gradual, permitindo que o nitrogênio não dissolvido no sangue (em forma de bolha) tenha o tempo químico necessário para sua dissolução total e consequente eliminação pelos pulmões. O aprisionamento dessas bolhas provoca artrites, nos casos simples, e até a morte, nos casos mais avançados, passando por todo tipo de desordem neurológica.
b) permitir o tratamento de enfermidades imunológicas, ulcerações provocadas por diabete e auxiliar no processo de cicatrizações de diversos tecidos.

Na seqüência, apresento as principais fotos.



Fachada do prédio administrativo.


Detalhe interno do pátio.


Paiol de equipamentos de mergulho e apoio.


Estou na câmara principal hiperbárica. Esse equipamento, já obsoleto, permite a realização de pressões de até 7 atm, ou seja, simular a pressão que uma coluna de 59 metros de água realiza sobre o corpo humano. A equalização da pressão externa dos tímpanos é fundamental para evitar seu rompimento.


Ante-câmara. Aqui, sob pressão reduzida, médicos podem ter o contato direto com os pacientes, facilitando a interação entre ambos. O número de médicos hiperbáricos ainda é bastante reduzido no Brasil.


Equipamento de mergulho autônomo dependente, ou seja, esse tipo de máscara indica que o recebimento de ar comprimido é feito pelo navio de apoio e não pelo cilindro preso às costas.


Presença do Sargento-instrutor na sala hiperbárica.


Paiol de equipamentos, mostrando os cilindros de diversos volumes.



No período da tarde, assisti mais algumas palestras no PROPLAN e conheci 4 estudantes de Pelotas, que participaram da Jornada. Três mulheres e um cara, todos muitos legais. Até trocamos nossos e-mails para futuros contatos. Minha foto que apresenta o pôr-do-sol no Regatas obteve o quarto lugar no Concurso Fotográfico, com a presença de 23 fotografias, algumas realizadas com equipamento e técnicas profissionais! Destaque para um louva-deus saboreando a cabeça de um besouro, muito nítida e rica em detalhes. A concorrência estava grande. O primeiro colocado recebeu um belo livro com fotografias do Taim.



O pessoal da Biologia realmente me encantou. Apresentando nitidamente valores e uma filosofia acadêmica e profissional muito divergente daquela da engenharia, pude encontrar um ambiente bastante agradável, onde a integração e a amizade marcaram forte presença. Espero manter meu contato com essa galera. Foi uma semana realmente maravilhosa. Amanhã, para encerrar a Jornada, será realizada uma festa em uma consagrada casa noturna na Praia do Cassino.

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